Alguns
dias atrás devido a minha terrível curiosidade, um tema em
particular chamou minha atenção. Então comecei a ler sobre a
prática de exercícios
aeróbicos em jejum,
já que estou buscando a melhor maneira de entrar no ritmo da
academia de uma vez por todas.
Em
minha primeira busca pela internet me deparei com uma frase curiosa:
“A gordura queima na fogueira dos carboidratos!”, e achei muito
interessante a definição, mas fazia-se necessário interpretá-la e
então tirar a conclusão que estou buscando. Aeróbio em jejum fazer
ou não fazer?
A
princípio muitos professores, mestres e doutores chegaram a falar
sobre a ineficiência
da prática de exercícios aeróbicos em jejum.
Para estes a oxidação de lipídios só ocorreria com a presença de
glicose. Ou seja, a aplicabilidade da atividade aeróbica em um jejum
de 7 a 9 horas seria inválida, levando em consideração que seria
impossível potencializar a lipólise, já que a reserva de
glicogênio seria insuficiente para o processo.
Há
algum tempo vários especialistas, professores e atletas vêm usando
da aerobiose em jejum e os resultados têm sido cada vez mais
positivos.
Em sua pesquisa, Torbjorn Akerfeldt, pesquisador sueco, apontou que
pessoas que se exercitam pela manhã queimam três
vezes mais gordura do
que uma pessoa que prática atividades físicas no período da tarde
após refeições. E ainda recomendou que o jejum fosse de pelo menos
seis horas.
Desta
forma, nosso organismo não terá muito glicogênio estocado para ser
solicitado como fonte de energia, ou seja, terá que recorrer
diretamente aos depósitos de gordura para obter energia suficiente
para completar a atividade física.
Durante
o jejum as proteínas se mantém entre 5% e 15% no processo de
geração de energia, o que faz com que o catabolismo muscular não
seja intenso desde que não exagere no tempo e utilize alguns
suplementos anti-catabólicos a fim de reduzir proteólise.
Torbjorn
também relatou em sua pesquisa que a proteína degradada diminuiu ao
invés de aumentar durante a aerobiose em jejum, basicamente, não
se experimenta catabolismo muscular,
mesmo que em jejum, devido a grande utilização de ácidos graxos
como fonte de energia no aeróbio em jejum. O objetivo principal do
aeróbico em jejum não é apenas a melhora de rendimento e sim
a maior
queima de gorduras.
É
muito importante ressaltar que mesmo para atletas a aerobiose em
jejum pode não ser a melhor opção e que qualquer tipo de exercício
físico deve ser acompanhado por um profissional da área. Já que
nem todas as pessoas se adaptam facilmente as atividades deste tipo.
O
nosso organismo pode se adaptar facilmente ao jejum, o que é bem
diferente de praticar atividades físicas estando em jejum. Nosso
organismo pode não responder de forma correta a aerobiose e isso
pode causar desmaios,
reação de defesa do nosso organismo que pode causar sérios danos
neurais.
Além
de todas as indicações de ter sempre por perto um profissional
capacitado, é recomendável que você vá dosando seu tempo. Comece
com um tempo razoável entre 8 e 10 minutos e aos poucos vá
adicionando mais alguns minutos, até alcançar um período de 20 a
40 minutos de atividade.
Também
dá para encaixar um termogênico antes
do aeróbico a fim de potencializar a lipólise, a ingestão de 500
ml de água para prevenir a desidratação,
pois ela drena fluídos para dentro da célula e evita a quebra
protéica. Alguns profissionais indicam a espera de 20
a 30 minutos para realizar a primeira refeição após
essa atividade, porque o nosso organismo continuará utilizando
ácidos graxos após o exercício durante este tempo.
Podemos
concluir então que a aerobiose vem sendo eficaz com seu objetivo de
maior queima de gorduras, contudo é necessário cuidado redobrado na
hora de colocar em prática e devemos estar sempre atentos para não
exagerar, pois tudo que é em excesso pode ser prejudicial.
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